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Exposição Superfície 


  • O Sítio Arte e Tecnologia Rua Francisca Luiza Vieira Florianópolis Brasil (mapa)
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Os artistas visuais João Aires e Ayao Okamoto estarão em cartaz com exposições individuais, a partir do dia 21 de agosto, sexta feira. Eles formam a  segunda dupla de artistas com mostras simultâneas, organizadas pelo escritório Myrine Vlavianos de Arte Contemporânea, em parceria com o Sítio.

Habitar e Superfícies não é um diálogo entre as obras destes artistas, mas a ideia é promover e ampliar uma conversa mais próxima e direta com o público de ambos. “Mas se fossemos estabelecer um elo entre as duas exposições, eu diria que está na relevância do processo: entender como as obras foram executadas é condição importante para compreendê-las”, enfatiza a também galerista Myrine.

Superfícies

Paranaense, radicado em São Paulo, esta é a primeira vez que Ayao expõe em Santa Catarina. Ele faz uso constante de interfaces, no seu trabalho. Ou seja, de “imagens retiradas de um contexto e aplicadas e retrabalhadas em outros suportes e processos técnicos”, segundo o próprio artista. Sua exposição apresenta duas vertentes de criação, uma de produção de obras técnicas a partir da manipulação e reprodução digital e a outra analógica.

A série Superfícies é composta por digigravuras (obra editada com ou sem tiragem, a partir de uma matriz aplicando tecnologia eletrônica digital), e a analógica pelo processo direto de impressão gyotaku (nome dado a uma tradicional técnica japonesa de impressão manual de peixe que consiste em transferir as imagens para o papel ou outras superfícies).

Ambos processos  atuam na produção gráfica a partir de uma matriz, como obra única, resultando em poéticas que atuam na reflexão sobre a política da reprodução em massa e a valorização do design de superfície, enquanto suporte, possibilitando experimentações usando os várias meios como forma de intervenção criadora.

Ayao utiliza imagens fotográficas a partir de negativos antigos achados em sebo ou na rua. Depois de ampliadas, as imagens recebem interferências gráficas, fotocopiadas em papel de seda formato A3, em máquinas com defeito no processo de impressão. “A autenticidade da reprodução é apenas de ordem política, já que implica um limite determinado a partir de uma matriz. A função da máquina de reprodução, nesse caso, serve apenas como base para elaboração de experimentações tecnológicas, uma vez que são obsoletas e com defeito no processo fundamental, que é a da cópia impressa”, explica o artista.

Assim, a função inicial do que seria uma cópia perfeita se inverte, gerando uma imagem única. Essa imagem, depois de processada, cria uma outra superfície, novamente retrabalhada analogicamente, propiciando experimentações com interferências de outros meios.

Okamoto apresentará duas séries nesta mostra, que é composta por  oito digigravuras em fotocópias digitalizadas, 35 x 45, tiragem única, e 10 telas em técnica mista, 40 x 60.

No dia 22 de agosto, das 15h às 18h, o artista ministrará workshop exclusivo sobre a técnica Gyotaku, no O Sítio.  O wokshop é destinado a todos os interessados em impressão gráfica, sejam artistas ou não.

Sobre o artistas

AYAO OKAMOTO nasceu em Assaí, Paraná em 1953. Graduado em Artes pela Fundação Armando Álvares Penteado-FAAP, é Mestre e Doutor pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA-USP. Artista visual, designer e professor universitário.

Exposição Superfície 

Fotógrafos: Ayao Okamoto

Abertura: 21 de agosto de 2015

Visitação: até 29 de agosto de 2015 

Entrada franca

Curadoria: Kamilla Nunes

Realização: O Sítio Arte e Tecnologia

Evento Anterior: 20 de agosto
Exposição Habitar
Evento Posterior: 16 de setembro
Exposição Antirretratos