Sensibilizar as pessoas para a dislexia, fazê-las perceber que por trás (ou na frente) das dificuldades de aprendizagem há pessoas.
Pessoas criativas, inovadoras, com um olhar diferenciado sobre o mundo, com visões surpreendentes.
A dislexia muitas vezes torna a vida escolar daqueles que convivem com ela, tempos difíceis. Tempos de barreiras a serem transpostas. Aqueles que vencem podem mostrar ao mundo seu potencial, mas não é assim com todos.
O desejo de que mais e mais pessoas se sensibilizem com a questão e possam perceber a potencialidade muito mais do que a dificuldade, fez nascer a Domlexia, que trabalha com conteúdos, formações e ferramentas digitais para facilitar a aprendizagem de neurodiversos.
E não há nada que possa sensibilizar e provocar mais do que a arte. Artistas com dislexia são inúmeros e talentosos.
Foi assim que dois anos atrás surgiu o desejo de montar uma exposição, que pudesse mostrar ao público a dislexia através do olhar de artistas disléxicos.
Conversa entre suas sócias Nadine Heisler e Sabrina Luz, ganhou força quando compartilharam o sonho com o artista plástico Lese Pierre. No entanto, foi agora, dois anos depois, com a provocação de mais uma artista, a poetisa Amanda Hrysky que a ideia foi resgatada e retomada.
Chamaram Paula Gotelip para compor o grupo, chamaram outros e animadas com a ideia foram reunindo artistas, são 12 dos mais diversos territórios da arte
Letícia Letrux traz sua escrita, Tony de Marco faz um tributo à tecnologia, Renato Godá toca e canta o sentimento de criar, Lese Pierre explora o erro, Amanda Hrysky traduz sentimento em poesia, Paula Gotelip conta história por linhas, Luciene Kumm mostra o mundo invertido, Marcelo Souza fala por movimentos, Bruna Fracascio filma a vida, Felipe Pancas junta arte com sabor, Adriana Martinez cria histórias de vestir e Marina Miyazaki traduz para nós a dislexia.
Todos se encontraram numa parceria de vida sem nunca terem se conhecido. Desafios comuns do dia a dia engajou o grupo na proposta de ressignificar a dislexia, de mostrar o lado B.
A Mostra Dislexia quando arte provoca.
Traz a arte de forma inovadora, digital, em um perfil aberto no instagram, para que a galeria esteja aberta a todos, o tempo todo. Para que a arte voe mundo a fora rompendo fronteiras.
O que traz a falha na leitura e memória ao longo da vida se transforma em olhar que vê outra forma, que cria e transforma.
As obras se completam com o processo criativo, e ambos se misturam na mostra, porque um é a essência do outro.
Em forma de percurso, conduz e o visitante virtual através de caminhos de sensibilidade, humor e muita criatividade.