Corpo Estranho de Nícolas Haverroth e Mateus Mossmann

A exposição Corpo Estranho nasce dos momentos mais significativos de três horas de manipulação de radiografias, ultrassonografias, mapeamento de retina e endoscopias reprocessadas sob a intenção da descoberta. 

Buscamos, neste trabalho, representações somáticas da potência do indivíduo e suas transformações cotidianas e eternas, provisórias e celestiais. Uma viagem pelo corpo-espírito em momentos de raiva, surpresa, obsessão, paz, paixão, entre muitas outras sensações. 

Em suma, o trabalho consta de imagens abstratas que buscam como seriam a representação de sentimentos e sensações através das lentes dos aparelhos audiovisuais de diagnóstico ressignificados para o pensamento do corpo enquanto estrutura holística; uma união entre a busca do conhecimento da ciência e as reflexões sobre o ser, existir e sentir da arte em prol de uma experiência visual. 



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Nícolas Haverroth,

Cineasta e artista visual. Graduando de Cinema pela Universidade Federal de Santa Catarina. Realiza obras experimentais no audiovisual que se vinculam à performance e à interatividade. Trabalha com projeções em edição ao vivo (live cinema, vjing, performance audiovisual) e em suas ramificações: projetos experimentais em videoarte com manipulações da imagem e do som em formas não-narrativas. Nessa linha, participou das performances audiovisuais "Cores ao Avesso" (2016), "Autópsia - o ato de olhar com os próprios olhos" (2017). Também realiza trabalhos em fotografia, documentário e videoclipes, além de explorar a visualidade no desenho e na pintura.

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Mateus Mossmann

Estudante de Cinema (UFSC) e Marketing (Senac), permeio entre o interesse de fazer sentir da arte e de transmitir da comunicação. Principalmente interessado na investigação e ressignificação de conceitos modernos, fugidios à percepção individual porém presente no inconsciente coletivo de nosso corpo social, como honra, saúde, paz, esperança, bem, mal, entre outros. Desenvolvo trabalhos em três linhas: produção de imagens digitais com ultraprocessamento em editores de áudio, vídeo e fotografia; fotografia e audiovisual, unindo motivações pictóricas à prática de street art; e esculturas, desenvolvidas sob os dispositivos da interatividade e da transformação de espaços sensoriais.