Horizontes de Sal

A Instalação é uma linha do horizonte composta por uma bandeja com cristais de cloreto de sódio, suspensos a 1,45 m, na qual é projetado um vídeo gerador de partículas de sal e da palavra SAL, que parecem ser movidas pelo vento. 

Este projeto surge de um trabalho de campo num deserto de sal que serve de laboratório para estudar a paisagem utilizando o mineral do sal como elemento expressivo, explorando o diálogo entre a matéria e o espaço, o micro e o macro, a parte e o todo. , o material e o virtual, a natureza e a arte. Ao colocar a materialidade dos cristais em primeiro plano, a obra possibilita problematizar o desejo de distância e dominação que geralmente predomina no conceito de paisagem, trazendo para o primeiro plano o que normalmente é um mero pano de fundo para a ação humana.

Quando os visitantes vêm a instalação de longe, eles observam um horizonte vasto e reverberante. Mas, quando se aproximam, podem tornar seu olhar tátil e corroer a forma do horizonte com as mãos. A velocidade do movimento das partículas do vídeo é maior que a velocidade da natureza e se opõe ao estatismo do sal, convidando o público a se envolver com a escala geológica dos cristais e sua duração, sintonizar-se com a luz e a velocidade do partículas e transforme por um instante em cristal, sua pele, seus pensamentos e percepções.


Título: Horizontes de sal

Técnica: Instalación: Cristales de cloruro de sódio + mapping

Dimensão/Tempo: 300 x 300 x3 00 cm

Ano: 2018

Título video Simpósio: Dramaturgia del paisaje. ¨¿Qué sucede en el paisaje cuando nada pasa y nadie mira?

Duración: 20 minutos


 
_MG_3792.jpg
 

Ale Isler (Buenos Aires, Argentina, 1975)

Ale Isler (Buenos Aires, Argentina, 1975). Diretor de arte, cenógrafo e artista visual. No seu trabalho artístico desenvolve instalações que dialogam entre paisagem e matéria, utilizando recursos que vão desde o vídeo mapeamento, o documentário de criação, até ao crescimento de cristais de cloreto de sódio.

Participou com trabalhos e apresentações no Festival of Art, Science and Technology Factors 7.0 (2020), no 15º Simpósio de Arte Contemporânea, organizado pelo Lab Art (UFSM), nas coletivas Desborde, (Muntref, 2019) e White noise, ( Honeycomb, 2018). Seu documentário Saru (2016), foi a Seleção Oficial no Bafici (2016), Festival Internacional de Cinema Latino-Americano (La Habana, 2016), Festival de Cinema Las Alturas (Jujuy, 2016), Festival of Light (Bogotá, 2016) ), entre outros.

Graduado em Artes Combinadas pela Universidade de Buenos Aires. Também estudou Desenho Industrial (FADU), Cenografia (Gastón Breyr) e documentário na La EICTV (San Antonio de los Baños, Cuba). Ele cursa o Mestrado em Tecnologia e Estética das Artes Eletrônicas na UNTREF.

Atualmente é professor da Escola Nacional de Experimentação Audiovisual (ENERC), da Escola Metropolitana de Artes Dramáticas e do Centro Cultural Ricardo Rojas, entre outros

alejandraisler.com/personal-work/

alejandraisler.com/

@aleisler

@islerstudio